segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vôo-livre (no Sul de Minas) em 2 tempos

Hang gliding (in South of Minas Gerais state) in 2 times
                Agora que estou de ferias em Paraisópolis, tenho refletido bastante sobre parte de minha infância e adolescência, em que Felipe vinha até aqui com a família e voava com sua asa delta “Quero-quero”, conforme a foto abaixo:

                Now that I'm on vacation in Paraisópolis, I have reflected enough on the part of my childhood and adolescence, when Felipe was here with family and flying his glider with "Quero-quero" as the picture below:
1983 flight

                Naqueles tempos, ele tinha um pára-quedas construído por um amigo de São José dos Campos (Pangoni), o qual ele amarrava em seu jeep, e nos rebocava para o alto.

                In those days, he had a parachute built by a friend of Sao Jose dos Campos (Pangoni), which he tied in his jeep, and towed into the air.
Yutaka Nacamura in a crazy experimental hang up


                Como Paraisópolis é conhecida por ser uma cidade onde se venta muito, bastou amarrar o pára-quedas ao jeep e pendurarmos à corda.

                How Paraisópolis is known for being a city that is windy, it was enough to tie the parachute to the jeep and we hung on the rope.
Funny but dangerous play...
Vania, Yutaka, Felipe and his wife Berenice with Paraisópolis in back

                O local da foto é onde se encontra atualmente o novo cemitério da cidade. E como se pode notar, era o antigo “pouso oficial” dos voadores. O outro pouso, para as asas de alta performance, era o antigo aeroclube da cidade, onde hoje se encontra a empresa Delphi.

                The location of the picture is where it is currently the new city cemetery. And as you can see, It was the former "official landing" of the gliders. The other landing place,for the high performance gliders, was the old flying club of the city, where today is located the company Delphi.
                Hoje, dia 10 de julho de 2010, em Santa Rita do Sapucaí (38km de Paraisópolis), fiz um vôo em homenagem ao meu pai Felipe, que durou 30 minutos. “Entubei” (entrei nas nuvens) e posto algumas fotos deste vôo curto, mas espetacular, que fiz num equipamento que, creio, Felipe adotaria sem pensar duas vezes, pois voa tanto quanto sua antiga asa – e até mais, arrisco afirmar.

                Today, July 10, 2010, in Santa Rita do Sapucai (23 miles from Paraisóplolis), I made a flight in honor of my father Felipe, who lasted 30 minutes. I "Intubated" (entered in the clouds) and show some photos of this short, but spectacular flight, that I made in a equipment that I believe Felipe would adopt without thinking twice, because it flies as far as his old wing - and even more, I dare to say.
Pictures by Elizabeth Wasser
Evellyn, my daughter, in my care

                Em vôo, disse “Éh, velho... se você pudesse estar aqui agora... Estaríamos repartindo a mesma térmica... seria o máximo”... Será que ele me ouviu?

                In flight, I said "Hey, bro ... if you could be here now ... We would be sharing the same thermal ... would be the most "... Does he hear me?...   

me on the dark paraglider, before mixing to the cloud
             Espero que sim... I hope so...


20 comentários:

  1. Olá Caro Wasser,

    Legal!
    Aproveite bem as suas Férias!!!

    Gde abraço!!!

    Melo

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  2. boas férias primo!
    Ah... poucas dúvidas de que lhe ouviu...
    hwasser

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  3. Buenas, Melão!

    Estou aproveitando bastante minhas férias - bastante vôo livre, cuidando do pomar, fazendo giral de uvas e xuxuzeiro, internetando, dormindo bastante, comendo frango caipira.
    Estou seguindo suas recomendações a risca!
    Tks

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  4. Buenas, Herold!
    Na verdade, não é o primeiro vôo que faço em homenagem ao velho... e quando vou para Santa Rita sem companhia, eu as vezes até me pego conversando com ele sobre a paisagem, entre outras coisas. Coisas do tipo "se vc estivesse por aqui, estaríamos com 2 paragliders no porta-malas do carro", etc.
    As férias estão demais de boas - porém GELADAS... como faz frio pelas bandas de MG...
    Tks!

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  5. fotos são absolutamente impecáve!
    Muita diversão e não posso esperar para contar-nos como foi. :)

    Você sabia Jules Verne, de alguma forma? :))

    XO

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  6. Conheço Julio Verne sim... Felipe sempre inventava coisas que voavam. Talvez não fosse tão imaginativo quanto Julio Verne, mas pelo menos ele usava de fato as coisas que construía.
    Obrigado mais uma vez e até mais.

    Yes ... I know Jules Verne. Felipe was always inventing things that fly. Perhaps not so much imaginative as Jules Verne, but at least he used in fact the things he built.
    Thanks again!!!

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  7. Essa vontade de voar, um filho com o pai, deve ter a mesma sensação no peito das Águias q fazem isso naturalmente. Eu consegui realizar esse sonho em Atibaia. Meu filho de glider e eu de asa, nas mesmas térmicas. Falando no rádio e eu enrroscando em volta dele. Pode acreditar, nada supera esse momento de felicidade. De vez em quando, a voz não saia, dava espaço pra tentar engolir as lágrimas,a boca ficava seca e a voz não saía! Abraços aos filhos q homenageam os pais q ja se foram, e os q ja não podem mais voar, como eu. Obrigado.

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  8. ...o que é mais legal do que fez Jules Verne. smiles

    :-)

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  9. Olá Vitor.
    Comecei a voar asa delta com meu pai, mas quando atingí a maioridade e já poderia voar com ele, ele se foi... Herdei sua asa (Quero-quero) e voei bastante - Atibaia, Pico-Agudo, Caraguá, etc.
    Nesta minha 2ª fase de vôo (após uma pausa) optei pelo paraglider, que é super prático, e tenho certeza que o véio também faria a troca (seria até mais prático pra ele por causa da idade).
    Que bom saber que você teve este prazer de compartilhar uma térmica com teu filho. Tenho um amigo - Resende (ex aluno de meu pai) - que também tem esta oportunidade hoje, os dois com asa-deltas.
    Até mais! E obrigado por postar...

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  10. HI DY
    Sunt de acord cu tine
    râs
    Tks again!

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  11. Olá! Sou de Paraisópolis e fiquei muito admirado com a história de teu pai!

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  12. Buenas, paranax.

    Graças ao véio peguei amor a esta terra que venta pra diabos... e graças à minha esposa consegui visto mineiro e finquei um pé aí em MG e outro aqui em SP. Passo minhas semanas pra cá e os melhores finais de semana em Paraíso (e Santa Rita também).
    Obrigado por postar - e qualquer dia deste, se ver um chiclete de urubu azul sobrevoando a cidade - It could be me.

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  13. Anderson Wasser.. Então você é filho do grande FELIPE? Se é, saiba que fomos muito amigos. Nos tempos de Caraguá, em companhia do Yutaka, subíamos o morro no Jeep dele. Foi com ele que aprendi a descer o morro após uma chuva, sem medo. Acelerando. Em busca de novos sítios de vôo, descobrimos uma praia maravilhosa, Caçandoca. Ele voou sobre Caraguá, só de sunga, mais nada.Segurando o trapézio, em pé, sem capacete...Ele merece as homenagens de todos nós. Abraços, Nani.

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  14. Sou sim, Vitorio.
    Cara, esta lição de descer a pirambeira só acelerando pra não sair da estrada funcionava mesmo. Me lembro até quando ele ensinou a técnica para o Zé Carlos, dono do Hotel Patriarca em Paraisópolis, na época. E o Zé empregou mesmo a técnica, com paixão! - lógico que o Felipe já tinha voado - e eu estava no resgate junto, e o jeep só acelerando pirambeira abaixo, o Zé contente por ver que continuava na estrada, e eu imaginando "PQP, se esta merda capota agora não sobra ninguém pra contar história"... Mas se estou aqui, é que funciona mesmo!
    Valeu, Vitorio...

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  15. Sou de Paraisópolis e fico contente com você, contando fatos acontecidos em nossa cidade. Zé Carlos do Hotel Patriarca, grande cara!!! Naquela época pegou belas fases em Paraíso com certeza...Deixo abraços e seja sempre bem vindo.
    Ronaldo C Lopes

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  16. Buenas, Ronaldo!
    Tenho excelentes lembranças esta terra, pois desde pequeno venho para cá. Gostei tanto que adquiri "cidadania mineira" me casando com uma garota daqui e neste exato momento me encontro no Alto dos Fernandes... O Zé Carlos nunca mais o vi. Da última vez que o vi ele havia vendido o hotel e comprado um restaurante.
    Obrigado por visitar o blog.. Fico contente em saber que amigos da cidade passam por aqui.
    Até mais.

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  17. chow de bola essas fotos wasser,,, nesta epoca tinha 1 ano.. mais a frente ficava olhando as asas passarem por cima da minha casa quando meu pai me chamava, ja sabia q eu qeria q era voar, meu pai me ajudou mto ate voamos de trike juntos, pena q ele se foi, mas tambem estaria voando junto comigo,, ze maria,,,,

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  18. Fala aí Zé Maria... Filho legítimo da cidade dos ventos! Meu pai também se foi, mas herdei suas asas - o que de certa forma é verdade pra voce também!
    Aliás, vale o comentário de que este post que fala de Paraisópolis foi de longe o mais comentado, desde quando originalmente foi pra net a pouco mais de um ano!
    Vamos nos cruzar no ar aí de Paraíso, em homenagem aos nossos velhos...

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  19. ..........andei muito de para-sail na minha infancia,desde os 7 anos,meu pai Glodomir Pangoni a quem vc se referiu que me levava na praia para ser rebocado pelo paraquedas ascencional.......bons tempos,

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  20. Opa Eduardo... Bom saber que teu pai era amigo de meu pai... Me lembro das vezes que meu pai ia até sua casa pra fazer este intercambio de informações e de paraquedas! Meu abraço.

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